Potência do motor: o que levar em consideração ao escolher?
Você certamente já olhou para as ruas da sua cidade e pensou que uma Ferrari ou uma Lamborghini teriam sérias dificuldades para transitar por aquelas vias, mesmo se tratando de supercarros. Isso acontece porque os esportivos até podem transitar pelas ruas do país, mas seriam péssimas opções para o dia a dia, em que a praticidade e economia são as reais necessidades para a maioria das pessoas.
Carros possantes contam com um público cativo e são o sonho de muitas pessoas, mas quando a parte passional é deixada de lado, a razão precisa de um trabalho mais elaborado para chegar à melhor escolha. As limitações das vias públicas, a economia de combustível, o tipo de cidade, o trânsito e as estradas que serão enfrentadas sempre devem entrar na equação para encontrar o motor com a potência adequada para o seu uso.
Quer saber mais sobre a potência do motor e como escolher a ideal para o seu próximo carro? Selecionamos as principais dicas para que você chegue à motorização ideal. Confira!
Consumo de combustível e potência do motor
A tecnologia automotiva evoluiu de forma consistente nos últimos anos, e um dos reflexos é o melhor aproveitamento da combustão no motor do veículo. Temos como tendência o chamado “downsizing”, que consiste em uma diminuição nas cilindradas dos veículos e, ao mesmo tempo, o aumento da potência. Por isso, tem se tornado comum encontrar veículos 1.0 com mais de 100 cavalos de potência, a exemplo do Ônix Turbo, que conta com 116 cv em seu motor de mil litros, similar a dos modelos 2.0 da Chevrolet em meados dos anos 90.
Por outro lado, como regra geral, os veículos com mais cilindros e maiores cilindradas consomem mais combustível, embora tenham uma vocação mais aprimorada para as potências mais altas. Isso quer dizer que um motor 2.0 convencional, que costuma ter em média 140 cv, tende a consumir bem mais que um outro veículo 1.0 na faixa dos 80/90 cv.
Motores mais potentes e equipados com transmissão automática consomem ainda mais nas vias urbanas, o que deve pesar sobre a sua escolha, especialmente pela crescente frota de veículos com esse tipo de câmbio. Se você escolher um carro com essas características, saiba que ao menos nas estradas eles não são mais gastões que a média, o que se deve ao fino ajuste que o sistema faz para a mudança de velocidades de acordo com os giros.
Já para o uso nas cidades, os mais recomendados são os veículos mais simples e menos potentes, pois no “acelera e para” das áreas urbanas, eles se revelam bem mais vantajosos. Um bom motor 1.0 comum costuma ser a melhor escolha para a rotina e pode atender bem às suas necessidades, mesmo que você sofra um pouco para subir as ladeiras mais íngremes.
Desempenho e potência do motor
A grande diferença é que o veículo mais potente terá um desempenho mais esperto nas cidades e principalmente nas estradas, com mais conforto nas vias rápidas, retomadas com maior fôlego e ultrapassagens mais seguras, ainda que a prudência jamais deva ser dispensada. Por outro lado, no território urbano, a potência será subutilizada, você será mais assíduo no posto de combustível e a manutenção pode pesar mais no seu orçamento.
Dirigir com emoção é um prazer do qual muitos não abrem mão, por isso optam por veículos mais potentes, mesmo cientes das limitações impostas pelo Código de Trânsito Brasileiro. O ideal é afinar o seu desejo com o tipo de uso, por isso os motores mais potentes são boas opções para aqueles que usam o carro majoritariamente nas rodovias.
Para quem não se interessa pela sensação de colar no banco do carro em uma arrancada mais rápida e não se importa em ter que passar mais tempo na estrada, a melhor escolha ainda está nos veículos menos potentes, como os com motores convencionais de 1.0 a 1.6.
Custo de manutenção e potência do motor
Há diferenças nos custos para manter um veículo mais potente e outro menos potente, o que se pode verificar nas questões tributárias, mão de obra e preço das peças, além do já abordado consumo de combustível. Os motores acima dos 2.0 e as versões com 4 ou mais cilindros, como as V6 e V8, geram mais despesas aos seus proprietários.
Os componentes desses veículos são mais complexos, pesados e caros, o que de cara aumenta o preço das peças e da mão de obra necessária para as revisões e consertos. No outro extremo, estão os veículos de 3 cilindros, que ganharam o mercado nos últimos anos e contam com sistemas bem mais simples (desde que não sejam aspirados ou equipados com turbo).
Sistemas mais complexos e pesados também aumentam as chances de longas internações em oficinas, especialmente quando se trata de modelos menos comuns no mercado brasileiro e com escassez de peças. Aliás, esses veículos contam com outro grande vilão: a depreciação bem mais alta em comparação aos veículos populares.
Esse fenômeno pode te levar a um mau negócio, inclusive, a exemplo de anúncios de veículos usados superpotentes e equipados, que com alguns anos de uso custam o mesmo que um veículo popular novo ou seminovo. Se você se convence com uma “oportunidade” dessas, pelo menos esteja ciente que os custos para a manutenção poderão extrapolar, e muito, as suas previsões mais pessimistas.
Os veículos de entrada, menos potentes, são as escolhas ideais de quem precisa ter um carro no dia a dia, seja por necessidades profissionais, seja por questões familiares. Com o valor de mercado mais baixo, o IPVA também é menor, tendo em vista a alíquota de até 4% e, em alguns estados, modelos com motorização 1.0 ganham incentivos e descontos que podem fazer a diferença para o seu bolso e ajudar a manter o seu carro em dia.
A potência do motor faz diferença e deve ser objeto de ponderação antes de fechar o negócio. Conhecer as suas necessidades, orçamento e saber o que te espera após bater o martelo ajuda bastante na hora de escolher o veículo que melhor se encaixará no seu perfil.
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